quarta-feira, 28 de março de 2012

Leitura na praça

Professora Denise,
Gostaria de ver isto em Salvador! Na minha intervenção vai ter várias.


terça-feira, 20 de março de 2012

Memorial Justificativo para proposta da intervenção local na Praça João Mangabeira

O que me levou a escolha desta área para meu estudo de intervenção local, é que sinto neste ambiente um grande potencial para práticas de lazer, esporte e cultura, fazendo uma conexão com o dique do tororó e a arena Fonte Nova de tal maneira que gere emprego e renda para os moradores do bairro e que tenha visitação de outros bairros da cidade e dê uma dinâmica diuturna nesta área.
A 'praça' possui uma área muito boa e está bastante ociosa, sem segurança, sem equipamentos, sem atrativos e vários usuários de drogas e mendigos fazendo ponto neste local e inibindo os poucos frequentadores.
A área possui uma pista de skate semiprofissional que praticamente não é usada (não temos patrocínio para promoção deste esporte) e sua pouca visitação deve-se creio eu aos aliciadores de menores para o consumo de drogas.
A minha intenção é que os moradores do entorno usem o espaço e promovam eventos e se tornem sustentáveis.

Na minha intervenção irei priorizar a preservação da área verde. Pretendo deixar o máximo possível da área permeável, usando sempre que necessária pavimentação que permita este tipo de permeabilidade, fazer uma dragagem do canal, criar pontes para travessia de pedestre deste canal criando um momento lúdico, criar pergolados com plantas ornamentais, fontes luminosas, pontos de irrigações estratégicos para manutenção da área verde existente e no espaço cultural promoveremos várias palestras com relação a este tema para fortalecer a sua manutenção.

Para viabilizar esta intervenção estou no processo de estudo da área. É preciso gerar vários mapas temáticos para análise (uso do solo, tipos de comércios existentes, tipos de residências, classe social da população, faixa etária da população, mobilidade, acessos, etc.).
Criarei esses mapas temáticos através de pesquisas e visitas 'in loco' para analisar o entorno da praça.

A partir desses dados terei subsídios para validar ou não a minha proposta de intervenção.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Área proposta para estudo de Intervenção Urbana


Poligonal discutida e definida em sala de aula com a professora Denise
  • Próximo passo fazer visita 'in loco' para verificar o uso do solo
Praça João Mangabeira
Poligonal na Base SICAR


Praça João Mangabeira
Poligonal na Ortofoto


























sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Área proposta para estudo de Intervenção Urbana

Praça João Mangabeira
Vou fazer visitas 'in loco' da área para definir a poligonal


Vista aérea google








Base SICAR

Fichamento do texto: Em busca do tempo perdido

Em busca do tempo perdido

O Renascimento dos Centros Urbanos

Vicente del Rio


A partir dos anos 90, e hoje já integrado ao paradigma do desenvolvimento sustentável, as grandes cidades passaram a buscar o renascimento dos centros urbanos, através da revitalização de suas áreas centrais através da reutilização dos patrimônios (físico, social e econômico) instalados e da sua melhor utilização possível, viabilizando o sistema econômico através das melhores respostas socioculturais. Os novos modelos urbanísticos de revitalização urbana invertem a lógica modernista e seus modelos positivistas, onde a busca pelo ideal racional-tecnicista gerava a renovação urbana indiscriminada e construía ambientes simplórios, assépticos e desprovidos da riqueza socio-cultural típica dos centros urbanos tradicionais.
Integrador e abrangente, o modelo da revitalização distancia-se tanto dos projetos traumáticos de renovação quanto das atitudes exageradamente conservacionistas, mas incorpora e excede as práticas urbanísticas anteriores na busca pelo renascimento econômico, social e cultural das áreas centrais esvaziadas, decadentes e sub-utilizadas. Pressupõe-se agora um processo, onde ações conjuntas e integradas voltam-se para dar-lhes uma nova vida.
Para tanto, através de um planejamento estratégico entre poder público (viabilizadores), poder privado (investidores) e comunidades (usuários), identifica-se planos e programas que maximizem e compatibilizem os esforços e investimentos, e norteia-se a implementação integrada de ações e projetos a curto, médio e longo prazos. Os resultados positivos, por sua vez, realimentam o processo atraindo novos investidores, novos moradores e novos consumidores, e gerando novos projetos.
Adotado em maior ou menor grau em diversas cidades no mundo inteiro, o movimento na direção deste novo modelo destacou-se a partir das experiências bem sucedidas de diversas cidades norte-americanas e européias, em particular das pioneiras Boston, Baltimore e São Francisco, nos EUA, e Londres e Glasgow, na Grã-Bretanha. No caso do Brasil, depois de uma experiência ainda em pequena escala no centro histórico de Curitiba, em meados dos anos 70, o modelo se consolidou com o sucesso do Projeto Corredor Cultural do Rio Janeiro, que hoje abrange mais de 3.500 imóveis e diversos centros culturais, e das mais recentes experiências no Pelourinho de Salvador e no centro de Recife.
O estudo das experiências bem sucedidas aponta para cinco aspectos fundamentais dos projetos: a) complexos processos de planejamento, monitoramento, gestão e marketing, b) mix estudado de diversos usos do solo, com a presença de "âncoras" sólidas; c) respeito à memória coletiva e ao contexto pré-existente (físico-espacial e socio-cultural); d) atenção ao poder das imagens e da qualidade projetual; e) implantação através de processos colaborativos entre os grupos envolvidos (governo, comunidade e empresários).
É importante frisar que, em geral, a revitalização de áreas centrais depende da promoção de novas imagens para locais tidos como decadentes ou de má fama. Portanto, por um lado, é vital a construção da confiança no processo e no lugar, o que sempre é dependente de ações integradas, contínuas e constantes, monitoradas pelo poder público. Por outro lado, essas estratégias são dependentes de agentes catalisadores da revitalização, dinâmicos e de forte apelo, constituindo-se num "diferencial" e no "gancho" inicial (não diferentemente do conceito de âncora no shopping center), contribuindo ativa e intensamente na construção da nova imagem e na atração de novos usuários e investimentos (2).
Embora, evidentemente, esses catalisadores não possam garantir o sucesso da revitalização como um todo, eles têm se mostrado essenciais para dar partida e, muitas vêzes, sustentam todo o processo. Os exemplos bem sucedidos incluem a promoção de grandes equipamentos públicos e de lazer, a valorização de conjuntos históricos e da frente marítima, com: construção de novas áreas de lazer, museus, marinas, aquários, lojas, mercados, hotéis e habitação. A presença da água, especialmente, tem servido como potente catalisador através do aproveitamento de suas conotações simbólicas e possibilidades lúdicas, tal como em Boston, São Francisco e no Inner Harbor de Baltimore. As marinas, por exemplo, públicas ou privadas, passarem a compor um diferencial importante nos novos lançamentos comerciais e residenciais nas antigas áreas portuárias.
Finalmente, deve-se notar que o turismo recreativo, cultural e de compras, tem se mostrado importante dinamizador econômico e social na revitalização das áreas centrais. No caso pioneiro de Boston, o antigo mercado e a área adjacente foram transformados, em 1977, num novo conjunto comercial com lojas, mercado, restaurantes e bares, num esforço conjunto entre a prefeitura e a iniciativa privada. No seu primeiro ano de funcionamento, esse conjunto já atraía dez milhões de visitantes (um total equivalente ao registrado para a Disneylândia no mesmo periodo) e, em meados dos anos 80, este número atingia 16 milhões/ano, três vezes mais que o total de turistas que entravam no México e no Havaí (estimou-se que os verdadeiros turistas no complexo chegavam à metade deste total) (3).
Mais recentemente, a Espanha nos proporciona dois importantes exemplos. Em Barcelona, a realização dos Jogos Olímpicos de 1992 - e os investimentos conexos - serviram como pano de fundo de programas e projetos urbanísticos para a requalificação dos espaços da cidade e a revitalização de inúmeras áreas, inclusive do centro histórico e da frente marítima, num processo que fez da cidade um dos mais importantes pólos culturais e econômicos da Europa. Em Bilbao, a estratégia para recuperação econômica da cidade – antes mundialmente conhecida apenas por abrigar o grupo separatista basco – baseou-se na decisão de construir um polêmico projeto arquitetônico para o novo museu Guggenheim, que acabou tornando-se referência mundial e razão principal das visitas turísticas à cidade, tendo recebido mais de 2,5 milhões de visitantes nos seus dois primeiros anos (4). E, nesta linha, não esqueçamos da experiência recente bem sucedida de reconstrução da imagem de Niterói – cidade vizinha ao Rio de Janeiro – através da forte imagem proporcionada pelo Museu de Arte Contemporânea de Niemeyer, um exemplar edifício-ícone que se projeta na Baía de Guanabara.
No último mês, o Rio de Janeiro também tem corrido atrás de oportunidade semelhante, brigando para receber o Museu Guggenheim brasileiro, como acompanhamos em todos os noticiários. Ter um "gehry" - ou, quem sabe, um "koolhaas", de modo a participar de uma paradigma globalizado e globalizante, em muito contribuiría na re-construção da imagem da cidade em nível internacional. Parece que, nos últimos anos, a cidade se deu conta da importância do city marketing, não sem haver perdido diversas oportunidades quando optou por contratos ou concursos locais para projetos de grande visibilidade (rio-orla na ECO-92, novo terminal do aeroporto internacional, monumento ao holocausto, etc).
Portanto, neste fim de século em que a sociedade está plenamente consciente da propriedade e do alcance social do paradigma do desenvolvimento sustentado, e dos modelos urbanísticos que lhe podem dar corpo, as metrópoles devem se convencer da importância da revitalização urbana consciente, num processo democrático, flexível, contínuo e integrado. Por outro lado, a globalização da economia tem acirrado a competição entre cidades na atração de novos mercados e investimentos, o que aponta para a importância dos diferenciais entre as cidades e, conseqüentemente, um cuidado cada vez maior na busca da qualidade destes modelos e processos. Finalmente, é mister admitir que, nessa busca pelo tempo perdido com tantos modelos e projetos equivocados ou incompletos, a implementação dos novos processos e modelos deverão ser, sempre, mais lentos do que geralmente admite a ação técnica tradicional ou tempos políticos a que estamos acostumados.

 

 Fichamento


A partir dos anos 90, e hoje já integrado ao paradigma do desenvolvimento sustentável, as grandes cidades passaram a buscar o renascimento dos centros urbanos, através da revitalização de suas áreas centrais através da reutilização dos patrimônios (físico, social e econômico) instalados e da sua melhor utilização possível, viabilizando o sistema econômico através das melhores respostas socioculturais.

o modelo da revitalização distancia-se tanto dos projetos traumáticos de renovação quanto das atitudes exageradamente conservacionistas, mas incorpora e excede as práticas urbanísticas anteriores na busca pelo renascimento econômico, social e cultural das áreas centrais esvaziadas, decadentes e sub-utilizadas.

Para tanto, através de um planejamento estratégico entre poder público (viabilizadores), poder privado (investidores) e comunidades (usuários), identifica-se planos e programas que maximizem e compatibilizem os esforços e investimentos, e norteia-se a implementação integrada de ações e projetos a curto, médio e longo prazos. Os resultados positivos, por sua vez, realimentam o processo atraindo novos investidores, novos moradores e novos consumidores, e gerando novos projetos.

Adotado em maior ou menor grau em diversas cidades no mundo inteiro, o movimento na direção deste novo modelo destacou-se a partir das experiências bem sucedidas de diversas cidades norte-americanas e européias,

O estudo das experiências bem sucedidas aponta para cinco aspectos fundamentais dos projetos: a) complexos processos de planejamento, monitoramento, gestão e marketing, b) mix estudado de diversos usos do solo, com a presença de "âncoras" sólidas; c) respeito à memória coletiva e ao contexto pré-existente (físico-espacial e socio-cultural); d) atenção ao poder das imagens e da qualidade projetual; e) implantação através de processos colaborativos entre os grupos envolvidos (governo, comunidade e empresários).

 a revitalização de áreas centrais depende da promoção de novas imagens para locais tidos como decadentes ou de má fama.

Os exemplos bem sucedidos incluem a promoção de grandes equipamentos públicos e de lazer, a valorização de conjuntos históricos e da frente marítima,

o turismo recreativo, cultural e de compras, tem se mostrado importante dinamizador econômico e social na revitalização das áreas centrais.

Em Barcelona, a realização dos Jogos Olímpicos de 1992 - e os investimentos conexos - serviram como pano de fundo de programas e projetos urbanísticos para a requalificação dos espaços da cidade e a revitalização de inúmeras áreas, inclusive do centro histórico e da frente marítima, num processo que fez da cidade um dos mais importantes pólos culturais e econômicos da Europa.

Portanto, neste fim de século em que a sociedade está plenamente consciente da propriedade e do alcance social do paradigma do desenvolvimento sustentado, e dos modelos urbanísticos que lhe podem dar corpo, as metrópoles devem se convencer da importância da revitalização urbana consciente, num processo democrático, flexível, contínuo e integrado.

 é mister admitir que, nessa busca pelo tempo perdido com tantos modelos e projetos equivocados ou incompletos, a implementação dos novos processos e modelos deverão ser, sempre, mais lentos do que geralmente admite a ação técnica tradicional ou tempos políticos a que estamos acostumados.



Comentário:

Este modelo citado no texto é muito importante para as cidades, para que seu crescimento e desenvolvimento ocorram deixando com vida seus 'antigos' centros e bairros. Podemos encontrar em nossa cidade (Salvador) vários exemplos deste modelo:
- No Pelourinho tivemos tempo atrás, grande intervenção social, requalificação e reformas dos imóveis, e segurança Pública, trazendo de volta o turismo e a dinâmica do bairro.
- A obra do canal do Imbuí, com uma grande urbanização, revitalizando o bairro para atrair mais comércios, serviços, pessoas e investidores da área imobiliária.
- No comércio estamos passando por uma grande requalificação e revitalização dos imóveis, dando uma nova vida com faculdades, casas de shows e cultura e serviços. Nesta mesma área estamos com um grande projeto para o portuário, um grande espaço de embarque e desembarque para o turismo náutico, gerando emprego e renda, dando uma vida diuturna ao bairro.
- No bairro da Ribeira temos também uma grande revitalização deste belo e pioneiro bairro de Salvador. Está em fase de construção, um sistema viário multiuso (carro, ciclovia, pedestre) e praças com área de convivência, lazer, esportes e cultura, devolvendo ao bairro seus momentos de glória com turismo e boa visitação dos soteropolitanos.

Lourival Brito